Padre Pat.3


1-No confessionário, chega José e confessa:
— Padre, eu pequei. Fui seduzido por uma mulher casada que se diz séria.
— És tu, José?
— Sou, Sr. Padre, sou eu.
— E com quem estivestes tu?
— Padre, eu já disse o meu pecado... Ela que confesse o dela.
— Olha, mais cedo ou mais tarde eu vou saber, assim é melhor que me digas agora!... Foi a Isabel Fonseca?
— Os meus lábios estão selados, disse José.
— A Maria Gomes?
— Por mim, jamais o saberá...
— Ah! A Emengarda?
— Não direi nunca!
— A Rosa do Carmo?
— Padre, não insista!
— Então foi a Catarina da pastelaria, não?
— Padre, isto não faz sentido.
O Padre rói as unhas desesperado e diz-lhe então:
— És um cabeça dura, José, mas no fundo do coração admiro a tua reserva. Vai rezar vinte Pais-Nossos e dez Ave-Marias... Vai com Deus, meu filho...
José sai do confessionário e vai para os bancos da igreja. O seu amigo Maneco desliza para junto dele e sussurra-lhe:
— E então? Conseguiu a lista?
— Consegui. Já tenho cinco nomes de mulheres casadas que dão para todo mundo.

2-Certo dia um padre de uma pequena cidadezinha vinha andando pela rua quando olhou em cima de uma árvore e viu uma menina de aproximadamente 14 anos, em cima dela, de saia e sem calcinha. O padre imediatamente disse:
— Ô minha filha não faça isso, é muito feio, desça desta árvore tome 10 reais. Vá comprar uma calcinha para você...
A menina então desceu pegou os dez reais e foi, chegando em casa ela disse para a mãe:
— Mãe eu tava em cima da árvore, aí o padre passou e meu deu 10 reais pra eu comprar uma calcinha...
A mãe ouviu aquilo meditou e, como estava na maior dureza, resolveu no outro dia subir na mesma árvore de saia e, também sem calcinha, ficar à espera do padre. E então, como de costume, o padre passou novamente olhou para cima e, vendo a cena, disse:
— Ô minha filha não faça isso, é muito feio, desça desta árvore e tome 1 real. Vá comprar um prestobarba para você...

3-O padre morreu, chegou no céu e foi logo falando com os santos:
— Bom dia, São João!
Mas ele não respondia.
— Bom dia, Santo Agostinho!
E nada de resposta.
Até que ele foi se queixar com São Pedro:
— Poxa, São Pedro... Os santos são mal-educados assim mesmo? Não respondem quando a gente cumprimenta?
— É que aqui não se fala "Bom dia", seu padre. Aqui nós falamos "Ave".
Então o padre voltou e disse:
— Ave, São João!
E São Pedro respondeu.
— Ave, Santo Antônio!
E Santo Antônio acenou para ele.
Depois de passar por Adão, o padre levou uma baita surra.
Então São Pedro apareceu:
— Ah, esqueci de dizer! O Adão você pode cumprimentar com "Bom dia" mesmo, ok?

4-A barriga do padre de Pelotas crescia cada vez mais. Descartada a hipótese de cirrose, os médicos concluíram que seria melhor realizar uma cirurgia exploratória, já que era preciso fazer alguma coisa.
A cirurgia mostrou que era um mero acúmulo de líquidos e gases, e o problema foi sanado. Porém, alguns estudantes de medicina resolveram aprontar e, quando o padre estava acordando da recuperação pós-cirúrgica, colocaram um bebê em seus braços. O padre, espantado, perguntou o que era aquilo e os rapazes disseram que era o que havia saído de sua barriga...
Passado o espanto e tomado de intensa ternura, o padre abraçou a criança e não quis mais se separar dela. Como se tratava do filho de uma mãe solteira que morrera durante o parto, os rapazes se empenharam para que o padre ficasse com a criança. Os anos se passaram e a criança se transformou num homem, que se formou em medicina.
Um dia, o padre já velhinho e sentindo que estava chegando sua hora de partir chamou o rapaz e disse:
— Meu filho! Tenho o maior segredo do mundo pra te contar, mas tenho medo que fique chocado.
O rapaz, que já havia intuído do que se tratava, disse, compreensivo:
— Já sei. Adivinhei há muito tempo. O senhor vai me dizer que é meu pai, né?
— Não, sou tua mãe! Teu pai é o bispo de Passo Fundo!

5-O mais mulherengo e cafajeste de todos os homens da paróquia ajoelha-se no confessionário:
— Vim me confessar, seu padre.
— Quais são seus pecados, meu filho?
— Muitos, mas o mais recente é o caso que tive com uma senhora casada desta paróquia.
— Diga-me o nome dessa senhora, meu filho.
— Isso não seria direito, padre.
— Diga-me, não foi a esposa do farmacêutico, aquela loura?
— Não, não!
— Ah, meu filho. Então foi a mulher do promotor.
— Também não.
— Ah, já sei: só pode ter sido a irmã da Dona Julinha!
— Não. Nenhuma dessas, padre.
— Se você não me confessar quem foi, eu não poderei lhe dar a absolvição.
O pecador se zanga e sai bruscamente do confessionário. Na porta da igreja encontra um amigo que lhe pergunta:
— O padre o absolveu?
— Não, mas me deu três dicas sensacionais!

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